Sabemos o que é certo, sabemos o que fazer para melhorar nossa saúde, nossos relacionamentos, nosso tempo, nosso financeiro, nossas empresas, nossa rotina etc., mas na maioria das vezes não fazemos o que sabemos ser o certo. Por quê?
Primeiro é necessário entender que o presente post não é um texto apenas técnico, mas um desabafo deste que vos escreve, afinal essa dúvida me aflige, mas me guia diariamente no meu foco.
Recentemente passei por um divórcio de um casamento de 26 anos em que para mim era perfeito, mas não era assim para a outra parte. Passei os primeiros meses pós-separação elencando tudo o que eu poderia ter feito de diferente, juntando um quebra cabeça que não tinha solução, afinal, estava acabado. O engraçado (para não dizer trágico) é que a maioria das coisas que enxerguei como erro, eu sabia que não era normal, mas não me atentei a corrigir. Não sei se isso teria resolvido ou se era mais complexo (e trágico) do que imagino, mas com certeza teria me deixado mais tranquilo.
O mais estranho de tudo, é que após o fim do meu relacionamento decidi investi na minha saúde e focar mais em crescimento profissional, perdi 22 kilos e tenho me reconstruído e mudado por completo.
MAS POR QUE RESOLVI FAZER TUDO ISSO SÓ DEPOIS QUE PERDI O QUE AMAVA?
Tenho milhares de teorias:
conflitos internos;
pressões sociais;
falta de autocontrole;
viés cognitivo;
influências emocionais;
impulsos emocionais;
conflitos morais;
estar preso a sua bolha;
ética;
questões biológicas e sociais;
viés de otimismo;
apego ao status quo;
influências passadas;
complexidade moral;
... poderia escrever 200 linhas de teorias e todas fariam sentido.
Nesse momento você deve estar se perguntando, "por que esse cara está falando do relacionamento dele para completos estranhos que querem ler sobre gestão empresarial?"
Na verdade, tudo se encaixa, assim como na vida pessoal, sabemos o que devemos fazer com nossos negócios e na maioria das vezes não fazemos e pagamos caro no futuro. Alguns Exemplos:
Misturar a vida pessoal com a profissional;
Misturar o financeiro pessoal com a empresa;
Não fixar uma retirada mensal e sugar todo o dinheiro que a empresa teria para crescer;
Não contratar uma equipe eficaz;
Achar que gasto com consultorias são desnecessárias;
Colocar a culpa em tudo menos em você;
Achar desnecessário buscar por mais conhecimento;
Sonegar impostos;
Não ter uma contabilidade de custos para a correta precificação;
Achar que contabilidade só serve para mandar "as guias de pagamento".
Novamente eu poderia elencar centenas de outras situações que mostram que sabemos o que devemos fazer para que nossa empresa cresça, mas na maioria das vezes não fazemos e pagamos caro no futuro.
A grande questão é que existe algo chamado autorresponsabilidade, onde é necessário entender e absorver que tudo o que acontece referente a sua empresa é sua responsabilidade, você está onde se permite estar (frases do mestre Paulo Vieira).
Precisamos acordar para colocar em prática tudo o que é necessário para o crescimento e manutenção de algo que eu gostaria muito que tivesse acontecido com meu casamento a PERPETUIDADE, ...
Foco, ação e disciplina, esses são os pilares que precisamos buscar em todas as etapas de nossas vidas.
Ufa! Pronto, desabafei.
Um grande braço a todos.
Marcio Pimentel